Casal dono de clínica é suspeito de matar empresário para esconder desvio de dinheiro em Ponta Grossa
Homem de 25 anos confessou ter matado a vítima a mando dos proprietários da clínica. Casal desviou R$ 143 mil e foi filmado usando o cartão da vítima no dia da morte, segundo a polícia.

PONTA GROSSA - Um paciente de 25 anos de uma clínica de reabilitação em Ponta Grossa confessou ter matado o empresário Ricardo de Oliveira Osinski, de 54 anos, a mando do casal dono do local. A revelação foi feita nesta quinta-feira (29), após sua prisão, segundo o delegado Luis Gustavo Timossi. Ricardo foi internado na clínica em outubro de 2024 e foi encontrado morto em 26 de março de 2025.
A polícia afirma que os donos da clínica desviaram cerca de R$ 143 mil das contas bancárias do empresário. O homicídio teria sido ordenado pelo casal para evitar que os desvios fossem descobertos. Imagens de câmeras de segurança mostram os suspeitos usando o cartão da vítima para realizar compras no mesmo dia em que o corpo foi encontrado.
Durante as investigações, a polícia descobriu que Ricardo havia sido hospitalizado em 11 de março, após um acidente em uma pousada. O proprietário da clínica, listado como contato de emergência, teve acesso ao celular e pertences de Ricardo, momento em que os desvios começaram. Nesse período, R$ 86,5 mil foram retirados da conta do empresário.
Após receber alta, a vítima foi levada para a casa dos suspeitos, onde teria sido mantida em cárcere privado e dopada por vários dias. Nesse período, os desvios financeiros aumentaram, segundo o delegado.A polícia encontrou cartões bancários e outros pertences da vítima escondidos na casa do casal. Durante mandado de busca, também foram localizadas duas bicicletas avaliadas em R$ 5 mil, compradas com o cartão de Ricardo, além de R$ 9,5 mil em materiais de construção.
A Polícia Civil segue procurando o canivete usado no crime. O nome do suspeito que confessou o assassinato não foi divulgado. Já o casal teve a prisão temporária decretada em 10 de abril. Eles são investigados por homicídio qualificado, furto mediante fraude e cárcere privado. As defesas afirmaram que ainda não tiveram acesso aos autos.
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