O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, assinou nesta terça-feira (13) uma série de novos acordos comerciais com a China, que vão abrir mercados para cinco produtos do agronegócio brasileiro. Entre as novidades estão a exportação de miúdos de frango (como coração, fígado e moela), carnes de peru e pato, além de outros itens que incluem subprodutos da produção de etanol e farelo de amendoim.

O protocolo assinado na área de carnes avícolas estabelece os requisitos de inspeção, quarentena e segurança necessários para a exportação desses produtos para o mercado chinês. Este acordo fortalece a presença do Brasil no setor de aves e deve gerar um impacto significativo. “A abertura das três proteínas de carne de aves pode representar mais de R$ 1 bilhão em receita cambial para o nosso país", afirmou Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Além das carnes, o Brasil também obteve a liberação para exportar Grãos Secos de Destilaria (DDG), um subproduto da produção de etanol de milho usado na alimentação de animais. O Brasil tem ampliado a produção desse subproduto, que agora poderá ser exportado para a China. Outro produto liberado para exportação é o farelo de amendoim, utilizado na alimentação animal.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, destacou que esses novos acordos têm um impacto estimado de US$ 20 bilhões para o agronegócio brasileiro, ampliando a oferta de produtos no mercado chinês, um dos maiores importadores globais de alimentos. Além disso, o Brasil também avançou em parcerias tecnológicas com a China, incluindo a extensão de um acordo sobre satélites para captação de imagens ambientais e agrícolas.