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Bituruna,16/05/2025

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Paraná tem 3ª maior queda de desmatamento do Brasil em 2024, aponta relatório

Estado reduziu em quase 65% a supressão de vegetação da Mata Atlântica em um ano, mais que o dobro da média nacional. Resultado é atribuído a ações de fiscalização e uso de tecnologia.

Fonte: AEN Paraná
Paraná tem 3ª maior queda de desmatamento do Brasil em 2024, aponta relatório Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST

O Paraná registrou uma das maiores reduções no desmatamento do Brasil em 2024, com queda de 64,9% na área de supressão da Mata Atlântica em comparação com o ano anterior. Os dados são do novo Relatório Anual do Desmatamento (RAD), divulgado nesta quinta-feira (15) pela plataforma MapBiomas.

Desempenho expressivo

Segundo o estudo, a área desmatada no Estado caiu de 1.230 hectares em 2023 para 432 hectares em 2024. Isso coloca o Paraná como o terceiro estado com melhor desempenho do país, atrás apenas do Distrito Federal (-95,1%) e de Goiás (-71,9%). A média nacional de redução foi de 32,4%.

A Fundação SOS Mata Atlântica já havia apontado tendência semelhante em relatório divulgado na última terça-feira (13), mostrando que, entre 2021 e 2024, o Estado reduziu em 95% a supressão vegetal da Mata Atlântica.


Investimento em fiscalização e tecnologia

A diminuição do desmatamento é atribuída a uma combinação de fiscalização rigorosa, políticas ambientais e uso de tecnologias avançadas. O Instituto Água e Terra (IAT), ligado à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (Sedest), registrou aumento de 65% nos Autos de Infração Ambiental (AIAs) entre 2021 e 2024, com crescimento de 70% no valor total das multas aplicadas.

Além disso, o Estado monitora alertas emitidos por plataformas como MapBiomas e Rede M.A.I.S., usando imagens de satélites Planet, Sentinel-2, Google Earth Pro e ESRI. A análise das informações é feita pelo Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI), que orienta as ações da fiscalização ambiental.

Divergência metodológica entre relatórios

A engenheira florestal Aline Canetti, do NGI, explicou que a diferença entre os números da SOS Mata Atlântica (226 ha) e do MapBiomas (432 ha) decorre da metodologia usada. A SOS considera apenas áreas com mais de 3 hectares, enquanto o MapBiomas identifica também fragmentos pequenos, a partir de 0,2 hectare.

Novas ferramentas e denúncias

Para modernizar o combate ao desmatamento, o Estado implementa o Sistema de Fiscalização e Controle Ambiental (Fica), que digitaliza e georreferencia os processos de autuação ambiental. Um dos recursos já em fase de implantação é o aplicativo AIA-e, que permite o registro das infrações em campo, com uso de geotecnologia.

Cidadãos também podem contribuir com denúncias. O canal principal é o Disque-Denúncia 181, da Polícia Ambiental. No IAT, relatos podem ser feitos pela Ouvidoria no portal Fale Conosco ou diretamente nos escritórios regionais.

Cenário nacional

O relatório aponta que, embora o Brasil tenha tido redução de desmatamento em vários biomas – como Pantanal (-58,6%), Pampa (-42,1%), Cerrado (-41,2%), Amazônia (-16,8%) e Caatinga (-13,4%) – a Mata Atlântica teve aumento de 2%, o que ainda é considerado estabilidade.

Segundo o MapBiomas, 93% do desmatamento registrado em 2023 teve indícios de irregularidade, e mais de 97% da perda de vegetação nativa nos últimos seis anos tem relação com a pressão da agropecuária.





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