A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) lançou nesta sexta-feira (1º) a edição 2025 da campanha Agosto Azul, que incentiva os homens a cuidarem mais da própria saúde. A ação, prevista na Lei Estadual nº 17.099/2012, tem como foco a prevenção de agravos evitáveis, como insuficiência cardíaca, diabetes, hipertensão e outras comorbidades que continuam afetando significativamente a saúde masculina.

Homens ainda procuram menos atendimento

Dados da Atenção Primária à Saúde (APS) mostram que, em 2024, apenas 29% dos atendimentos individuais na faixa etária de 20 a 59 anos foram destinados aos homens. A baixa procura reforça a necessidade de superar preconceitos e promover o autocuidado masculino.

“O Agosto Azul vai além de um mês de conscientização. É uma oportunidade para que cada vez mais homens assumam o protagonismo da própria saúde. Cuidar da saúde não deve ser visto como sinal de fraqueza, mas de responsabilidade e compromisso com a vida”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Doenças que poderiam ser evitadas

Entre os agravos que mais geram internações masculinas – e que poderiam ser evitados com ações na APS – estão:

• Doenças imunopreveníveis por vacinação: 69,8% das internações foram de homens
• Pneumonias bacterianas: 53,6% dos casos
• Angina: 57,2%
• Insuficiência cardíaca: 56,1%
• Infecções de pele e tecido subcutâneo: 62,4%

Esses números mostram que ainda há muito espaço para ações preventivas simples, que podem reduzir internações e melhorar a qualidade de vida dos homens.

Hábitos que fazem a diferença

A Sesa reforça a importância de medidas como:

• Monitoramento regular da pressão arterial
• Alimentação saudável
• Prática de atividades físicas
• Parar de fumar
• Manter a vacinação em dia

Todas essas ações contribuem diretamente para a prevenção de doenças crônicas e agravamentos comuns entre os homens.

Formação de profissionais e novos cursos

Como parte da estratégia, a Sesa, em parceria com o Ministério da Saúde, promoverá em setembro o curso “O cuidado à saúde do homem em contexto de violência e a proteção de meninas e mulheres no âmbito da APS”. Voltado a profissionais de nível superior da Atenção Primária, o curso integra a Estratégia Nacional da Saúde do Homem e Masculinidades (Equalisah), com foco na qualificação de práticas e na construção de espaços de cuidado mais inclusivos.