China e Rússia assinaram nesta semana um memorando para construir uma usina nuclear na Lua, prevista para ser concluída até 2035, que fornecerá energia para a Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), base científica localizada a cerca de 100 km do polo sul lunar.

O projeto ILRS envolve diversos países, como Paquistão, Venezuela, Belarus, Azerbaijão e África do Sul, com a China planejando convidar até 50 nações e milhares de pesquisadores para participarem da iniciativa.

A usina fornecerá energia para operações autônomas e missões tripuladas de curto prazo. O projeto visa realizar pesquisas espaciais fundamentais e testar tecnologias para a presença humana na Lua. O satélite natural da Terra também é fonte de recursos minerais importantes, como terras raras, regolito e hélio-3, potencial combustível para energia de fusão.

O ILRS é visto como rival do programa Artemis, da NASA, que reúne 55 países e planeja lançar sua estação Gateway em órbita lunar a partir de 2027. A China, por sua vez, tem investido na exploração lunar desde 2013, incluindo mapeamento do lado escuro da Lua e coleta de amostras inéditas, com planos para pousar astronautas em 2028 com a missão Chang’e-8.