As autoridades portuguesas encerraram nesta quinta-feira (5) as novas buscas pelos restos mortais de Madeleine McCann, a menina britânica desaparecida em 2007 durante férias com os pais na Praia da Luz, sul de Portugal. A operação, que durou três dias, teve participação de policiais portugueses, alemães e britânicos, e ocorreu em terrenos abandonados no Algarve.

Segundo a imprensa portuguesa, escavadeiras, radares de penetração no solo e outras ferramentas foram usadas para vasculhar áreas próximas da antiga residência de Christian Brückner, principal suspeito do desaparecimento. Materiais foram recolhidos para análise, mas os exames não encontraram correspondência com o DNA de Madeleine.

Cerca de 25 agentes da polícia criminal alemã participaram da operação. As escavações aconteceram nos arredores de casas em ruínas, perto da Praia da Luz, onde Maddie desapareceu em 3 de maio de 2007. A menina, então com 3 anos, estava dormindo no apartamento de férias enquanto os pais jantavam em um restaurante próximo.

Christian Brückner, um alemão condenado por estupro, é o principal suspeito do caso desde 2020, quando o Ministério Público de Brunswick afirmou estar convencido de sua culpa. Ele nunca foi formalmente acusado pelo desaparecimento da menina. Na época, Brückner vivia perto do local e seu celular foi rastreado próximo ao hotel dos McCann na noite do sumiço.

Atualmente, Brückner cumpre pena de sete anos de prisão pelo estupro de uma americana de 72 anos, cometido na mesma região em 2005. A sentença vai até setembro de 2025.

Apesar do fim da operação atual, as investigações seguem em caráter preliminar na Alemanha. Madeleine nunca foi encontrada, e o caso segue sendo um dos mais emblemáticos desaparecimentos infantis da história recente.